Entrevista de Daniel Radcliffe para o site Independent

Daniel Radcliffe cedeu uma entrevista para o site Independent, na qual ele discute sobre como é ir de Harry para o terror, como ele superou momentos mais difíceis ano passado , e o porque ele está feliz em ficar pelado novamente para seu trabalho. Confira a entrevista logo abaixo:
Tradução feita por Isadora Soares, da equipe do Portal Radcliffe
O filme não é apenas uma história de terror, também lida com a questão do luto. Como você se preparou para o papel?
Era basicamente reunir toda a informação que você pudesse. James [Watkins, o diretor] me apresentou a um conselheiro de luto. Eu tinha perguntas sobre meu personagem – Como sua mulher morreu durante o parto, como seria sua relação com seu filho? Existira ressentimento? A resposta foi um bem definitivo ‘sim’. Eu também li alguns livros, um deles foi ‘Uma dor observada‘ de C S Lewis, e um livro chamado ‘Você irá superar isso’ de Virginia Ironside. Obviamente eu nunca poderia me imaginar na cabeça daquela pessoa, mas se trata de se encher com o máximo de informações que puder, na esperança de que quando você estiver no estúdio, isso irá informar as escolhas que você faz.

O The Guardian dissecou o trailer e criticou os clichês típicos de filmes de terror, você sente que havia algum?
Eu acho que sim…quem critica um trailer?! Qual infeliz critica um trailer? Um, ok. Muito bem.
Eu suponho que se você pegar apenas o trailer, haverá coisas padrões de filmes de terror, porque nós estamos mostrando às pessoas que é um filme de terror – idiota! Eu acho que eles mencionariam as bonecas, a música? Filmes de terror em sua natureza tocam em coisas fundamentais que apavoram as pessoas; o escuro, o desconhecido. Há alguns pulos no filme, mas em geral não é realmente um terror padrão. Possui um rítmo mais devagar. Se você está fazendo um filme de terror para um estúdio, dizem: “Certo, precisamos de um susto no minuto sete, e outro no minuto dezesseis. Enquanto que esse filme permite que a história seja contada e, ao se desenrolar, coisas assustadoras acontecem. A grandes habilidades de James como diretor, e uma das coisas que ele fez brilhantemente nesse filme, é manter a platéia em um leve estado de tensão durante todo o filme, para que quando os momentos de susto surgirem, os mesmos sejam ainda mais elevados.



Seu afilhado interpreta seu filho no filme, então por você ser uma estrela mirim não significa que você aconselharia contra isso?
Sim, isso é absolutamente certo. Obviamente eu tive uma ótima experiência em relação a isso. Eu ficava muito nervoso quando ele estava no set, no entanto, porque eu queria muito que ele ficasse bem. E na verdade, não apenas com Misha, mas voltando a December Boys, quando eu fiz aquele pequeno filme. Eu sou muito protetor quando se trata de crianças pequenas no set porque eu tive uma experiência tão boa e não vejo porque eles não deveriam, também. Eu assumo um papel duplo de lider de torcida e estapeador de pulsos porque eu também estou lá pra ensiná-los o que é e o que não é permitido fazer em um estúdio. Eu não sabia dessas coisas quando era criança, eu precisava de alguém pra me dizer. As crianças desse filme são ótimas. Eles estavam em um filme adulto e sabiam disso. Saber que eles não seria legalmente permitidos de ver o filme lhes deu uma certa empolgação.

Recentemente, Corey Feldman disse que a pedofilia é o maior problema de Hollywood, você estava ciente desse problema?
‘Não!’ é a resposta bastante curta. Não, eu não sabia mesmo. Isso não tem sido um problema em nossas vidas. É, também, justo dizer que esse é um momento diferente. Havia um certo processo de tela rigoroso nos filmes do Harry Potter.

Havia vários artigos sobre você nos jornais quando você estava crescendo, colocando pressão. Por que você decidiiu falar sobre seus problemas com bebida ano passado?
Eu falei sobre isso naquela época porque eu pensei que, se não falasse, alguma outra pessoa o faria. Havia pessoas o suficiente que sabiam como eu estava e me viram daquele jeito. Porque eu estava superando isso, eu pude falar sobre isso mais confortavelmente, e ficar orgulhoso de mim mesmo por seguir em frente. Há uma certa pressão para não estragar tudo. É difícil…Havia, obviamente vários artigos sobre estrelas mirins. Você tenta não prestar atenção.
A coisa que me deixa frustrado sobre o argumento da estrela mirim, é que as pessoas apenas mencionam Macaulay Culkin ou Lindsay Lohan. Ninguém nunca diz Elijah Wood,Jodie Foster, Christian Bale, ou Tobey Maguire. A lista continua mas não é tão interessante para as pessoas.
Eu acho que sempre houve uma pressão em nós. Particularmente em mim, porque infelizmente aquele tipo de comportamento está em minha personalidade. Eu não quero ser aquela pessoa. Eu acho que eu sou uma pessoa legal e cavalheira. Beber só me transforma em um monstro, um pesadelo! Eu me sinto bastante aliviado em não desapontar as pessoas e estragar tudo.

Você estava preocupado em ser marcado?
Em um certo ponto, sim. Mas eu fiz Equus, How to Succeed, esse filme, e eu estou prestes a interpretar Allen Ginsberg então, até agora, eu não fui. É claro que você se preocupa, mas eu acho que o jeito de mostrar às pessoas que você não irá deixar isso acontecer é escolhendo projetos interessantes, se arriscando, e mostrando às pessoas que você está falando sério em relação à isso.

Você frequentemente aparece em listas de riqueza – é estranho as pessoas discutirem suas finanças?
É muito estranho. Porque eles não perguntariam a mais ninguém. Eu acho que é porque eu sou jovem. Há uma fascinação do tipo “Uau, o que eu teria feito se eu tivesse dinheiro naquela idade?” A verdade é que eu realmente não faço nada com ele! Minha mãe e minha contadora em Lee [Sul de Londres]. Eles o investiram sabiamente, em propriedades e coisas que eu não entendo. Ocasionalmente eu recebo uma mensagem que diz “Selos! Você tem que investir em selos, é o que está em alta.” E eu fico tipo, “ok, compraremos alguns selos!” Eu investi grande parte do dinheiro. É tão estranho que as pessoas sejam fascinadas com isso, mas eu entendo. Eu sou muito grato pelo dinheiro, eu me sinto incrivelmente sortudo de tê-lo. É algo que eu não consigo compreender muito bem. Mas não é o fator motivante da minha vida e não é o que me guia – provavelmente porque eu o tenho – eu estou numa feliz posição onde no momento eu não preciso trabalhar pelo dinheiro e eu posso escolhrer coisas nas quais eu estou interessado. Gary Oldman diz que isso se chama: “Arrasa, dinheiro!”

Você já tirou suas roupas uma vez. Agora é tipo “sem obstáculos”?
Eu provavelmente farei isso de novo em Ginsberg! Eu acho que há algumas cenas de amor gay. O roteiro já está disponível na internet então eu espero não estar falando demais! Mas eu já fiz isso no palco. Eu estive pelado em frente a Richard Griffiths mais do que com minha ex-namorada!

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